Thiago Luís (Samba)

Um Vale de Riquezas (part. Jorge Goulart, Leandro Thomaz e Francisco Ribeiro)

Vale abraçado pela Mata
Terra de belezas naturais
A história a refletir nas águas
No verde dos cafezais
Grandes casarões, a nobreza imperial
E o negro açoitado, numa vida desigual
Foi tomado como escravo
Dependente de sinhô
Se fugia pra floresta
Era caça e caçador

Quando na mata ecoou o tambor
Silenciando o açoite
E a dor da escravidão
Foi pedir na cachoeira
Senhor da pedreira
Protegei o meu irmão

Quilombo de José
Protegido pelo seu jequitibá
Renova minha força e fé
A africanidade do lugar
Toca viola é dia de celebração
Em romaria a Aparecida vou cantar
Sou caipira pirapora em meu quinhão
Vivo em simbiose popular

Quem é raiz verdadeira? É tamarineira
No Paraíba do Sul, um imenso mar azul
Lindo vale de riqueza